7 de mai. de 2010

Assim caminha a humanidade... (Só um desabafo)

Fico pensando o que leva uma pessoa a cometer maldades contra outra sem ter nenhum motivo aparente, ou por assim dizer: "justificável"- se é que possam ser justificadas. Será que a humanidade está fadada a deteriorização dos bons e nobres sentimentos como: amor, solidariedade, gratidão, humildade...

Fico "passada" com tanta insensibilidade e falta de amor com que muitas pessoas, não generalizando, obviamente, mas infelizmente uma grande maioria, levam a vida, como se ainda precisassem viver se degladiando. Como se ainda estivesse na Idade Antiga, período histórico que se estendeu desde a invenção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.). Naquela época as civilizações ainda estavam demarcando territórios, formando Estados e adquirindo um certo grau de nacionalidade, por isso a competição por espaços era ainda mais acirrada que atualmente. Pelo menos havia uma justificativa plausível.

Hoje, com raríssimas exceções, as nações já se estabilizilaram e o nível de civilidade aumentou consideravelmente. Mesmo com tantos avanços, um item básico do caráter humano evolui a passos de tartaruga, se é que está evoluindo, tenho minhas dúvidas. Me refiro a evolução humana, aquela que diz respeito ao amor ao próximo, a solidariedade e respeito pelas pessoas, por suas convicções, hábitos, costumes e culturas. Estaria mesmo a humanidade caminhanho para a sua auto-destruição ética? Ética, no sentido de preservar a conservação do respeito mútuo, da valorização do outro enquanto um ser único, e por isso digno de ser considerado como tal. Mas não, isso não está acontecendo, pelo contrário, o que vemos é um passando por cima do outro sem dó nem piedade, para chegar onde precisa, mesmo que para isso tenha que "vender a alma ao diabo". Então surge em mim a pergunta: pra quê isso? Por que tanta ganância, tanto egoísmo, tanto desamor? A resposta tá dentro de nós mesmos, e cada um sabe formular a sua própria. Só sei que daqui a pouco tudo já passou, inclusive nós mesmos, e aí será tarde para voltarmos atrás para enxergar o quanto perdemos tempo com coisas pequenas, vis, desprezíveis. Mas eu acredito que ainda temos tempo. Ainda é possível olharmos para dentro de nós mesmos e enxergamos o que precisa se mudado.
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Escrito em um dia aí que eu não lembro mais, e que deu vontade de deixar aqui.agora. Nesse dia eu estava um tanto quanto, noiada com algumas coisas.Achei melhor escrever, do que sair por ai, dando tiro em algumas pessoas, rsss

1 de mai. de 2010

Frases e pensamentos sobre fotografia
















Pablo Picasso sobre a fotografia:

''Quando vemos o que pode ser expresso pela foto,
nos damos conta de que tudo aquilo não pode mais ser
preocupação da pintura...
Por que o artista insistiria em realizar aquilo que, com a
ajuda da objetiva, pode ser tão bem feito?
Seria uma loucura, não? A fotografia chegou na hora certa
para liberar a pintura de qualquer literatura, anedota e
arte do tema. Em todo caso, um certo aspecto do tema
pertence, daqui por diante, ao campo da fotografia...
Não deveriam os pintores aproveitar sua liberdade reconquistada para fazer outra coisa? Seria muito curioso fixar fotograficamente, não as etapas de um quadro, mas suas metamorfoses. Talvez percebêssemos por quais caminhos o cérebro envereda para a concretização de seus sonhos. Entretanto, é realmente muito curioso observar que, no fundo, o quadro não muda, que a visão inicial permanece quase intacta, apesar das aparências. Muitas vezes vejo uma luz e uma sombra que pus no meu quadro e empenho-me em quebrá-las, acrescentando uma cor que crie um efeito contrário. Quando essa obra é fotografada, percebo que aquilo que havia introduzido para corrigir minha primeira visão desaparece, e que, definitivamente, a imagem dada pela fotografia corresponde a minha primeira visão, antes das transformações trazidas contra minha vontade.''

"A câmera não faz diferença nenhuma. Todas elas gravam o que você está vendo. Mas você precisa VER!" (Ernst Haas)

"Fotografar é conseguir captar o que existe atrás do que se vê com os olhos...é ver através de uma parede invisível...." (desconheço o autor)
"Se uma foto não está suficiente boa, é porque você não se aproximou o suficiente do fato" (Robert Cappa)
Uma boa foto é aquela que abre sua imaginação, que traz emoção. (Martine Franck)
"Fotografar, é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coraçao." (Henri Cartier-Bresson, 1994)
"A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são." (Peter Urmenyi - um grande amigo meu.)
"Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual. Fotografar é um modo de comunicar e informar. Seguindo o raciocínio, a linguagem visual fotográfica além de ser mais forte não é determinada por uma língua padrão, não precisando assim de uma tradução, uma vez que o diferem são as interpretações." (desconheço o autor)
"A fotografia reproduz ao infinito só ocorre uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente." (desconheço o autor)

"Fotografar é uma ´forma-de-compreender' que não pode se separar dos outros meios de expressão... É uma forma de gritar, de se liberar e não de provar ou de afirmar sua própria originalidade... É uma forma de viver!” (desconheço o autor)
"Fotografar é recortar um determinado espaço em uma específica fração de tempo. Os grandes fotógrafos são aqueles que conseguem ultrapassar essas limitações, fazendo com que essa determinada imagem transcenda molduras e retenha o tempo em seu momento mais preciso." (desconheço o autor)
"Fotografar é imortalizar um momento único, ao qual não se poderá mais voltar, senão através daquele registro. Nada mais que um simples clique, um momento, um único e eterno registro." (desconheço o autor)
"Fotografar é desenhar, utilizando a luz como pincel, a natureza como tinta e o filme como tela, podendo assim imortalizar aquela imagem ou momento escolhido, enquanto o mundo segue em contínua mutação.O pôr- do-sol é um momento fugaz, porém mágico , onde a luz que nós permite ver e manifestar a vida, se expõe como entidade e mostra a sua "cara", numa linda bola de fogo, suspensa no horizonte, podendo ter várias molduras e múltiplas tonalidades. Basta querer enxergar, e quem sabe um dia finalmente ver, que tudo, inclusive nós mesmos, é fruto desta luz, e que dela viemos e para ela retornaremos." (Dr. Dimos Iksilara)
"Fotografia é registrar a magia dos momentos e capturar a eternidade !!!" (desconheço o autor)
"Everyone has a photographic memory, some people just don't have film !!!" (desconheço o autor)

"Fotografar é congelar o momento é travar um instante, é segurar o tempo é tornar tudo importante, cada detalhe se mostra, cada cor se revela, nada se deixa passar, nada é irrelevante. É observar o segundo pela forma mais bela é ter nas mãos o tempo. Tão fascinante quanto o poder é poder fotografar... " (desconheço o autor)

"A semelhança da música, a fotografia é uma arte universal falando também com mais força e de modo mais direto que as palavras." - (MB)
"Por causa da composição, a fotografia é uma obra de arte."(Octávio Paz)
"A máquina fotográfica é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar." (Arnold Newmann)

"As coisas das quais nos ocupamos, na fotografia, estão em constante desaparecimento e, uma vez consumado, não dispomos de qualquer recurso capaz de fazê-las reaparecer." (Henry Cartier-Bresson)
"Para todos aqueles realmente capazes de ver, a fotografia tirada por você, representa o testemunho da sua existência." (Paulo Straub)

"Enquanto que o desenhista começa pelo centro da folha, o fotógrafo, principia pela moldura." (J. Szarkowski)

“A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-Ias". (Ivan Lima)
"De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória”. (Henri Cartier-Bresson)
"A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira." (Gérard Castello Lopes)

" Basta um avião sacudir um pouquinho mais, e logo todos os passageiros ficam parecidos com a foto do passaporte."
"A vida está sempre se dirigindo a nós e dizendo: 'Vem, a vida é ótima!' E que é que nós fazemos? Recuamos e tiramos-lhe uma foto." (Russell Baker)

"Uma fotografia é um instante de vida capturado para a eternidade. Quantas pessoas que se quiseram suicidar se contentaram em rasgar a própria fotografia!" (Jules Renard)

"A fotografia nunca se revela por inteiro quando você se desmancha por alguém. Essas relações lembram uma foto polaroid: a imagem vai aparecendo aos poucos. Algumas coisas se distanciam do sentimento original, mas isso é a vida." (Mia Farrow)


"Minhas mãos te olhamestranha fotografiaonde meus olhos te tocam."(Lisa Carducci)


"Fotografia é o retrato de um côncavo, de uma falta, de uma ausência."(Clarice Lispector)


"A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las." (Ivan Lima)


"A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira." (Gérard Castello Lopes)


"A diferença entre jornais escritos e literatura, é como a diferença entre uma fotografia em preto e branco, e a mesma, colorida."(Hiago Rodrigues Reis de Queirós)


"O melhor álbum de fotografia é a nossa memória, nela ficam gravadas fotos reais de momentos bons e ruins de nossa vida." (Márcia Reis)


"Não fazemos uma foto apenas com uma câmera;ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos." (Ansel Adams)

"A fotografia humana é captada através de maquinas, a da alma por meio de nossas ações e carater." (João Soares Portela)

"Quando eu era pequeno, toda a realidade era uma ficção, por isso queria ser fotógrafo. Quando cresci, tornei-me escritor, porque na Fotografia tinha realidade demais pro meu gosto."Hiago Rodrigues Reis de Queirós
"O escritor e o fotógrafo utilizam as mesmas ferramentas, mas enquanto um descreve uma imagem com mil palavras o outro descreve mil palavras com uma imagem." (Jefferson Luiz Maleski)

"Quando o mundo se tornar confuso, me concentrarei em fotografias. Quando as imagens se tornarem inadequadas, me contentarei com o silêncio." (Ansel Adams)

"Não basta ter técnica e bom equipamento, é preciso ter sensibilidade. É preciso fotografar com os olhos do coração." (Joelza Oliveira) --->>hehehehe

Fotojornalismo (Guia de Jornalismo)




Futura Press
Especializada em fotojornalismo, A Futura Press é uma Agência de Fotografias que dispõe de imagens diárias sobre os principais acontecimentos do país. Trabalha com as seguintes editorias: esportes, política, polícia, economia, cidade, cultura e variedade.

Coração do Brasil
Site da expedição Coração do Brasil. Projeto cultural que está percorrendo todas as regiões do país para realizar uma ampla documentação fotográfica e jornalística, buscando descobrir e desvendar a multiplicidade e riqueza do povo e da natureza do Brasil.

Fotosite
Site que utiliza os principais serviços da agência de fotografia Fotosite. Possui seções especiais como "Site do Dia" e "Como me tornei fotógrafo", além das últimas notícias da área.

Virtual Photo
O verdadeiro canal da fotografia na Internet. Bem completo, este site possui ótimos serviços como Álbum Virtual, classificados, compras e cursos de fotografia, além das seções de guia de escolas, links úteis e galeria virtual.

484 Imagens
Trabalhos sobre diversos temas, em forma de matérias com textos e fotos, realizados por profissionais especializados em fotojornalismo. Também oferece serviços completos de reportagem fotográfica, fotografia industrial, cobertura de eventos e laboratório para grandes quantidades.

Reflexo
Site da agência fotográfica com o maior banco de imagens do Brasil. Possui mais de 600 mil imagens dos melhores fotógrafos brasileiros. Destaque para as imagens ligadas ao turismo ecológico.

Photosynthesis
Lista virtual sobre fotojornalismo, possibilitando a troca de idéias entre profissionais, criando espaço para divulgação de trabalhos fotográficos e promovendo encontros e eventos da área.

Fotos do Trabalho Infantil no Brasil
Divulgação do trabalho da fotógrafa Paula Simas que, durante seis meses, documentou em fotoreportagens o cotidiano de crianças na lavoura de cana-de-açúcar de Alagoas e Pernambuco. O site traz ainda uma galeria de fotos de outros profissionais.
Foto-Riografia News
Site da primeira escola de fotografia do Rio de Janeiro. No endereço, é possível conhecer a escola, ficar por dentro de toda a programação curricular e visitar exposições de alunos formados.
Sebastião Salgado
Fotógrafo brasileiro do New York Times, seu site apresenta trabalhos com fotojornalismo e uma matéria especial de divulgação do Brasil no exterior usando fotos e vídeos.
Foto Cine Clube
Clube virtual de fotografia com diversas dicas de revelação, equipamentos e iluminação, além da divulgação de exposições, mostras de fotojornalismo e uma biblioteca com mais de 6 mil fotos e trabalhos.
Mundo Fotográfico
Voltado para profissionais ou apenas amantes da fotografia que desejam divulgar seus trabalhos na área, o site Mundo Fotográfico é um espaço que disponibiliza centenas de imagens em categorias como arquitetura, arte digital, esporte, jornalismo, moda, natureza, shows e outras.
Revista Fotografe Melhor
Revista mensal que debate as notícias do campo da fotografia de forma clara e agradável. Traz também dicas de como fazer uma foto perfeita, seja de pessoas ou de paisagem.

Fonte: http://www.sobresites.com/jornalismo/fotojornalismo.htm

Fotografia Digital


Designa-se por fotografia digital a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando num arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs. Dispensa, assim, o processo de revelação. A visualização da imagem pode ser feita no ato, através dos recursos da câmera digital (normalmente, uma tela de LCD), e a manipulação da imagem pode ser feita em um computador, usando-se softwares editores de imagem como o Photoshop, GIMP, entre outros.


Ajuste do EV

O EV é o controle de entrada de luz, onde pode ser:

  • positivo: o EV positivo é quando entra mais luz do que o padrão. Aumentar o EV é útil para bater fotos em locais com pouca luz, onde será preciso uma captura maior da luz refletida. Geralmente as câmeras digitais automáticas permitem aumentar o EV até +2.0
  • negativo: o EV negativo é quando entra menos luz do que o padrão. Diminuir o EV é útil para bater fotos que precise captura menos luz, como por exemplo, em fotos contra-luz. Geralmente as câmeras digitais automáticas permitem diminuir o EV até -2.0
  • É bom lembrar que câmeras automáticas são as câmeras apropriadas para pessoas que não tem grande conhecimento em fotografias. Câmeras profissionais (manuais) são câmeras que precisa ter um abrangedor conhecimento na área de fotografias.

Fotografia macro

Alguns modelos de máquina fotográfica digital possuem uma lente que permite fotos de quatro cm, três cm ou até menos distancia do objeto. Esse tipo de fotografia captura os mínimos detalhes dos objetos, detalhes até que não podem ser vistos a olho nu. Fotos de macro são utilizadas geralmente para obter fotos de insetos, pequenas peças, olhos (de perto), flores e etc.

  • É bom enfatizar que, no modo macro, o zoom é extremamente limitado. Estou pondo está informação aqui para evitar que usuários não experientes pensem que sua máquina esteja ruim por não conseguir focalizar no modo macro com o zoom aumentado. É aconselhável que não se use o zoom quando estiver tirando fotos no modo macro.

Limpeza da câmera

As câmeras para terem uma boa durabilidade necessitam de limpezas freqüentes e de forma correta. Vou mencionar como limpar as 3 partes da câmera:

Obturador

Obturador é a peça da máquina que se abre para entrar luz no sensor e captar a imagem. O obturador pode ficar aberto de 60 segundos até 1/5000 segundos. Isso depende da câmera, ou então de como a câmera foi configurada. Para fotos em movimentos o obturador fica aberto menos tempo, algumas frações de segundos, para evitar que apareça vulto na foto, ou então para evitar que a foto saia embaçada. Quando o obturador fica aberto mais tempo, ele capta mais movimentos, então qualquer movimento de leve já aparece um vulto na foto. Usa-se uma velocidade lenta do obturador para bater foto de paisagens, onde precisa captar bastantes detalhes por causa da longa distancia do fundo. Usa-se também uma velocidade muito lenta do obturador para bater foto de fogos de artifício, para poder captar toda a trajetória dos fogos, criando um rastro no céu, aumenta a beleza dos fogos.

  • OBS: Na grande maioria das câmeras o obturador é automático, em poucas câmeras manuais pode-se controlar a velocidade do obturador.

Tipos de zoom

Uma máquina fotográfica digital pode ter dois tipos de zoom:

  • Zoom Ótico: É o zoom que aproxima a imagem através do uso de lentes que se posicionam automaticamente dentro do tubo de entrada de luz. O zoom ótico é o que tem mais qualidade por permitir que o sensor da câmera capture a luz que entra pela objetiva.
  • Zoom Digital: É o zoom que aumenta o tamanho da imagem, sem o uso de lentes. O zoom digital é um software que multiplica a quantidade de pixels para ampliar uma imagem. Este efeito é chamado de interpolação. O zoom digital tem menos qualidade em comparação ao zoom óptico porque a medida que amplia a imagem ele multiplica a quantidade de pixels da mesma através de um programa e não pelo que é captado pelo sensor da câmera. É considerado mais um artifício do que um recurso, pois não traz nenhum benefício verdadeiro.

Fotojornalismo


fotojornalismo é um ramo da Fotografia onde a informação clara e objetiva, através da imagem fotográfica, é imprescindível.

Através do fotojornalismo, a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. Essas informações são transmitidas pelo simples enquadramento escolhido pelo fotógrafo diante do fato. Nas comunicações impressas, como jornais e revistas, bem como pelos portais na internet, o endosso da informação através da fotografia é uma constante.


Gêneros

A fotografia nos meios de comunicação é muito importante como uma fonte de informação. Atualmente, matérias jornalísticas ficam pobres sem a presença da fotografia.

A fotografia em preto e branco publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das características do fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no início dos anos 70 com as revistas semanais como Veja e Leia (revistas brasileiras).

Alguns gêneros de fotografia jornalística podem ser destacados:

  • Fotografia social: Nesta categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.
  • Fotografia esportiva: Nessa categoria, normalmente a quantidade de informações é mais importante e o que influi na sua publicação.
  • Fotografia cultural: Este tipo de fotografia costuma chamar a atenção para a notícia antes dela ser lida;
  • Fotografia policial: Categoria associada a imagens de combate, apreensão e ou repressão policial, crimes, mortes. Este tipo de fotografia, muitas vezes, recebe destaque na sua publicação, o que provoca as mais variadas reações diante dos fatos.

História do fotojornalismo

Os daguerreótipos obtidos pelos irmãos Natterer em 1841, retratando a procissão de centésimo aniversário de Joseph II, em Viena, foram o primeiro registro fiel de um evento a ser divulgado. O curto tempo de exposição - apenas um segundo, o que levou as imagens a serem intituladas Sekundebilder - permitiu, pela primeira vez, o congelamento do movimento.

O final do século XIX e início do século XX vê o aparecimento de películas cada vez mais sensíveis. Isso irá permitir o registro da ação durante seu desenrolar, o que acabará por se tornar a característica definidora do fotojornalismo.

Técnica

Com o passar dos tempos os repórteres-fotográficos desenvolvem o que podemos chamar de visão periférica, uma graduação maior de visão.Os graus de visão do repórter aumentam por ter que cuidar à distancia e próximo, exemplo claro disso é o futebol, onde ambos extremos são utilizados.

Fotojornalismo independente

A idéia do fotojornalismo independente surgiu na França após a II Guerra Mundial. Formou-se agencia de fotografos com um mesmo objetivo: ter liberdade de pauta, discutir os trabalhos realizados, se aprofundar nas reportagens e sobretudo lutar pelos direitos autorais e a posse dos negativos originais. A Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotografos: Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, foi a pioneira. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercializar a fotografia e discutir sua função. Paris, pela sua importância geográfica e ideológica, facilitava isso. A criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo.

Agências de notícias

Com o tempo, as Agências de Notícias proliferaram-se, e hoje muitos jornais de pequeno e médio porte criam agências, agenciando seus fotógrafos para venda de seus trabalhos e em redes de jornais a circulação interna das fotografias. Podemos observar sobre as imagens a agência ou a abreviatura.

Paparazzi

Com a morte da princesa Diana se criou um folclore sobre os paparazzi, esses fotógrafos de ocasião podem chegar a ficar famosos em virtude de suas fotos. Estar a postos com uma câmara na mão basta para registrar uma imagem que pode render muito dinheiro, e também reputação. A cantora norte-americana Britney Spears costuma ser alvo dos paparazzi que faturam milhões com fotos dela em ocasiões constrangedoras, certas partes dos EUA já adotaram políticas contra este tipo de profissional.

Crédito fotográfico - direito autoral

No Brasil a lei do direito autoral garante ao fotógrafo, pode ser a primeira de sua vida, mas que tenha o nome do seu autor. Ao observarmos as publicações de renome e as que são dignas publicam num cantinho da fotografia o nome do fotógrafo, mesmo que acompanhado de possível Agência de Notícias, bem como seu veículo de comunicação. O crédito fotográfico obrigatório em todas as publicações, mundialmente conhecido como tal onde o nome do fotógrafo deve constar na obra.

Fotografia publicada

Na maioria dos meios de comunicação os fotógrafos independentes ganham por foto publicada, então, se enviam dezenas de fotografias e só uma for publicada só receberão por ela. Para muitos, principalmente quem está iniciando é algo muito bom ver seu crédito fotográfico.

Fotojornalistas brasileiros

  • Antonio Augusto Fontes: Nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1948, o fotógrafo Antonio Augusto Fontes viveu de 1971 a 1973 nos Estados Unidos, realizando o ensaio A América e os Americanos. Em 1974 estabeleceu-se no Rio de Janeiro. De 1975 a 1980 consultor técnico do arquivo fotográfico do Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas e do Arquivo Nacional. Trabalhou como fotógrafo das revistas Veja (1982 a 1984), Exame (1982 a 1984) e IstoÉ (1984 a 1986).
  • Emidio Luisi: Nasceu em Sacco, no sul da Itália, em 1947, com 7 anos de idade o fotógrafo Emidio Luisi radicou-se no Brasil. Começou a fotografar no final da década de 1970, especializando-se em fotojornalismo, etnofotografia, espetáculos de dança e teatro. Coordena oficinas de ensino de fotografia em várias cidades brasileiras. Recebeu o XI Prêmio Abril de Fotojornalismo. Dirige a Agência Fotograma de Fotojornalismo e Documentação em São Paulo.
  • João Noronha: Fotojornalista e publicitário, nasceu no dia 24 de novembro de 1955 na cidade de Franca SP. Já viajou o Brasil com sua câmera e registrou momentos políticos importantes da história e também a Cultura Brasileira. Conquistou a Menção Honrosa no Concurso Nacional Vladimir Herzog, 1991, com a foto Violência Urbana no Brasil, imagem captada na Cidade de São Paulo (SP). Medalha de Bronze no concurso internacional INTERPRESS-PHOTO,no ano de 1991, com a foto mesma foto, Violência Urbana no Brasil, imagem veiculada em mais de 100 paises. Em 2006, segunda colocação no concurso para o calendário realizado pela Polícia Militar do Paraná com a foto Renascer, cena de resgate de uma tentativa de suicídio. Free-lancer, vive em Curitiba - PR desde 2000 e dirige a Agência Brazil Press.
  • José Medeiros: "Pioneiro do fotojornalismo no Brasil". A respeito, veja o livro Olho da Rua - O Brasil nas Fotos de José Medeiros; Aprazível Edições; 228 páginas.(Revista Veja, 02.11.2005, pág. 114);
  • Juca Martins: Nasceu em Barcelos, Portugal, em 1949, vive em São Paulo desde 1957. Inicia carreira de fotojornalista em 1969, tendo atuado nos principais veículos de comunicação do País. Em 1979 fundou a Agência F4; no final da década de 80 registrou intensamente a repressão policial aos movimentos sindicalistas paulistas, tendo recebido, entre outros, os prêmios Esso de Fotografia, Wladimir Herzog de Direitos Humanos e, por duas vezes, o Internacional Nikon. Atualmente dirige a agência Olhar Imagem em São Paulo (www.olharimagem.com).
  • Juvenal Pereira: Nasceu em Romaria, Minas Gerais, em 1946, iniciou carreira como fotógrafo free-lancer para os jornais de Belo Horizonte e na sucursal da revista O Cruzeiro. De 1971 a 1974 trabalhou na sucursal de O Cruzeiro de Salvador, Bahia. Em 1974 viveu no Rio Grande do Sul, registrando a vida e os costumes gaúchos, e, neste período, trabalhou como free-lancer para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Viveu em Brasília de 1975 a 1981, fotografando para as revistas Veja e IstoÉ e para os jornais Correio Braziliense, Diário de Brasília e Jornal de Brasília. Um dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília, do Núcleo dos Amigos da Fotografia (Nafoto), em São Paulo, e criador do evento bienal Mês Internacional da Fotografia. Vive em São Paulo desde 1981, onde fotografa como free-lancer para jornais e revistas do País e do exterior.

Referências bibliográficas

  • FRIZOT, Michel. The New History of Photography. Köln: Könemann, 1998.
  • HORTON, Brian. Associated Press Guide to Photojournalism. New York: McGraw-Hill, 2000.
  • KEENE, Martin. Fotojornalismo: Guia Profissional. Lisboa: Dinalivro, 2002.
  • MARINOVICH, Greg. O Clube do Bangue-bangue: Instantâneos de uma Guerra Oculta. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
  • SOUSA, Jorge Pedro. Uma História Crítica do Fotojornalismo Ocidental. Chapecó/Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2004.
Fonte: Wikipédia

Fotografia

A palavra Fotografia vem do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz"..[1]

Por definição,[2] fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível.[3] A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.

Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo.

Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.

História

A fotografia não é a obra final de um único criador.[4][5] Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci[6] que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.

O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.

A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judeia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.

Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.[7]

Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.

O britânico William Fox Talbot,[8] que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anuncia-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.[9]

No Brasil, o francês radicado em Campinas, São Paulo, Hércules Florence conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos.[10] Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época.[11] Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy.[12]

A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888 com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.[13]

Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.[14]

A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.[15]

Processos fotográficos

Fotografia em preto e branco

A lua em P&B.

A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o preto sobre o branco, no início do século XIX.[16] Desde as primeiras formas de fotografia que se popularizaram, como o daguerreótipo - aproximadamente na década de 1823 - até aos filmes preto e branco atuais, houve muita evolução técnica e diminuição dos custos. Os filmes atuais têm uma grande gama de tonalidade, superior até mesmo aos coloridos, resultando em fotos muito ricas em detalhes. Por isso, as fotos feitas com filmes PB são superiores as fotos coloridas convertidas em PB.

Meio tom

As fotografias em preto e branco se destacam pela riqueza de tonalidades; a fotografia colorida não tem o mesmo alcance dinâmico.

Na fotografia P&B se costuma utilizar a luz e a sombra de forma mais proeminente para criar efeitos estéticos -­ há quem prefira fotografar apenas em filme preto e branco, mesmo com a maior facilidade e menor custo do equipamento digital. Os sensores das câmeras digitais ainda possuem alcance dinâmico muito menor do que a fotografia P&B e mesmo da colorida, estando mais próximo do slide.

Fotografia colorida

Foto de 1942 de um carpinteiro trabalhando, é um exemplo histórico das primeiras fotografias coloridas.

A fotografia colorida[17] foi explorada durante o século XIX e os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia, nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a metade daquele século as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha - a total sensibilidade a cor vermelha só foi obtida com êxito total no começo do século XX. A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.

O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.

A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de slides (diapositivos) ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. O último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de foto impressão automático.

Fotografia digital

Fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando em um arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs.

A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes - como correspondentes de órgãos de imprensa - sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento na urgência para se transferir imagens aos jornais mais rapidamente.

O sensor de CCD que substitui o filme nas câmeras digitais.

Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital surgiu neste momento.

Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão, de modo irreversível, substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora.

A Kodak anunciou em janeiro de 2004 o fim da produção da câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o término daquele ano. Entretanto, a fotografia "líquida" irá perdurar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais.

Funcionamento

Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz em um código eletrônico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado em um cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível também transferir os dados diretamente para uma impressora gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado.

Álbuns virtuais

Com a popularização da fotografia digital, surgiram páginas da Internet especializadas em armazenar fotografias. Desse modo, suas imagens podem ser vistas por qualquer pessoa do planeta que acesse a rede. Elas ficam organizadas por pastas e podem ser separadas por assuntos a livre escolha.

Os álbuns virtuais podem ser usados com vários propósitos, abaixo estão listados alguns exemplos destes:

  • Portfólio: Muito usado por fotógrafos amadores/profissionais para mostrarem seus trabalhos.
  • Armazenamento: Quem não deseja ocupar espaço em seu HD pode usar o álbum para armazenar suas fotografias.
  • Negócios: Outros usam os álbuns para vender seus trabalhos fotográficos.

Equipamentos

Câmera

A fotografia se estabiliza como processo industrial no século XX articulando uma câmera ou câmara escura, como dispositivo formador da imagem e um modo de gravação da imagem luminosa – uma superfície fotossensível, que pode ser filme fotográfico, o papel fotográfico ou, no caso da fotografia digital, um sensor digital CCD/CMOS que transforma a luz em um mapa de impulsos elétricos, que serão armazenados como informação em um cartão digital de armazenamento. Nesse processo fica evidente a relação entre a fotografia e seus processos análogos. Por exemplo, a fotocópia ou máquina xerográfica, forma imagens permanentes, mas usa a transferência de cargas elétricas estáticas no lugar do filme fotográfico. Disso provém o termo eletrofotografia. Na raiografia, divulgada por Man Ray em 1922, imagens são produzidas pelas sombras de objetos no papel fotográfico, sem o uso de câmera. E podem-se colocar objetos diretamente do digitalizador (scanner) para produzir figuras electronicamente.

Fotógrafos controlam a câmera ao expor o material fotosensível à luz, o que se altera qualitativa e quantitativamente segundo as possibilidades de cada aparelho. Os controles são geralmente inter-relacionados. Por exemplo, a exposição varia segundo a abertura (que determina a quantidade de luz) multiplicado pela velocidade do obturador (que determina um tempo de exposição), o que varia o tom da foto, a profundidade de campo fotográfico e o grau de corte temporal do modelo fotografado. Diferentes distâncias focais das lentes permitem variar a conformação da profundidade da imagem, bem como seu ângulo.

Os controles das câmeras podem incluir:

Lentes/Objectivas

Para entender um pouco de objectivas, uma de 24mm equivale a um campo de visão de 75 graus, e uma objectiva de 300mm equivale a um campo de visão de 12 graus. Com a lente olho de peixe de 6mm, 8mm ou 12mm, o fotógrafo inclui um campo de visão de mais de 190 graus. Uma 500mm (aquelas que se vêem em jogos de futebol, por exemplo) consegue fotografar só o guarda-redes do outro lado do campo de futebol. Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50mm são consideradas grandes angulares, e com valores acima de 150mm são consideradas teleobjetivas.

A relação que se tem para se considerar uma objectiva como grande angular ou teleobjectivas, vem da comparação do tamanho da objectiva com a diagonal do filme utilizado. As objetivas em torno de 43 mm são consideradas normais, por possibilitarem na área do filme uma imagem com as características e um campo de visão semelhante ao olho humano.

Filme

Um rolo de filme  3mm

Entre 2006 e 2007, as vendas de câmeras fotográficas digitais cresceram 5% nos EUA, enquanto as de câmeras com filme caíram em mesma quantidade.[15] A despeito do irreversível e crescente domínio da imagem digital no mundo da fotografia, o filme fotográfico ainda ocupa, por variados motivos, um espaço cativo no trabalho de muitos profissionais e aficcionados que promete a essa mídia uma sobrevida assegurada de vários anos.[18]

Controle da imagem

Velocidade do obturador

O tempo durante o qual o obturador permanece aberto determina a quantidade de luz que chega ao filme. Ao selecionar uma velocidade do obturador, verifica-se se a câmara está suficientemente firme. Quanto mais firme estiver, mais baixa poderá ser a velocidade do obturador utilizada. Mesmo um movimento minúsculo durante a exposição poderá fazer com que toda a imagem fique tremida. Usar um tripé é a única maneira de garantir o êxito de uma fotografia que exija um tempo de exposição longo. Com uma teleobjectiva, a instabilidade da câmara é mais notável do que com uma grande-angular, por isso, quanto maior for a objectiva, maior será a velocidade de obturador necessária. Além de "congelar" a acção, a velocidade do obturador permite criar efeitos que sugerem movimentos, ou efeitos especiais com o zoom.

Efeito de Panning

Nem sempre é necessário usar uma velocidade do obturador tão alta. Muitas vezes pode acompanhar-se o movimento enquanto se dispara, para o compensar, usa-se uma técnica chamada "panning".

Congelamento

A velocidade do obturador desempenha um papel importante na transformação de motivos em movimento em uma imagem estática. Quanto menos tempo o obturador permanecer aberto, menos o motivo se moverá dentro do enquadramento e mais nítido ficará. Por isso utiliza-se uma maior velocidade ao fotografar um motivo em movimento, como um cavalo a correr. Há ainda outros fatores a considerar. Primeiro, a velocidade real do motivo não indica necessariamente a rapidez com que a imagem irá mudar no visor. Se um motivo se dirigir directamente para a câmara ou se se afastar dela, a imagem mudará mais lentamente do que se ele passar perpendicularmente, e será necessária menos velocidade do obturador para "congelar" o movimento. Um movimento em diagonal no enquadramento necessitará de uma velocidade de obturador intermédia. O tamanho da imagem também é importante: um comboio visto como um ponto no horizonte não parecerá mover-se tão depressa como uma papoila oscilando em uma brisa suave em frente da objectiva. Quanto maior a distância focal e mais próximo do motivo, maior a velocidade do obturador.

Sugestões profissionais

  • Se tenciona ampliar a fotografia para o tamanho de um poster, qualquer movimento do motivo será muito mais perceptível do que se a utilizar em formato miniatura em uma página web.
    • Lembrar-se de que há movimento em que muitas cenas que à primeira vista parecem estáticas: pessoas a passar em uma foto de arquitectura, pássaros a voar em uma paisagem e árvores que se vergam ao vento. Poderá ser necessário aumentar a velocidade do obturador para compensar.
    • Uma velocidade do obturador que congele um movimento por completo poderá não dar os melhores resultados. Muitas vezes há um mérito artístico ao sugerir velocidade, deixando que o motivo crie um desfoque no filme.

Usos da fotografia

A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal (1887). Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e armazenamento de dados.

Fotografias aéreas eram utilizadas para levantamento do uso da terra e planejamento de uma determinada região.

A Fotografia no cotidiano e na vida

A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo desses "momentos documentados" e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento real da imagem fornecida através da fotografia

Fotojornalismo

Um exemplo de fotografia jornalística: Migrant Mother, de Dorothea Lange

O fotojornalismo preenche uma função bem determinada e tem características próprias. O impacto é elemento fundamental. A informação é imprescindível.

É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o fotojornalismo. É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia.

Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia jornalistica:

  • As fotografias sociais: Nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.
  • As fotografias de esporte: Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.
  • As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia, tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende após a polícia é o esporte.
  • As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensacionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.

Fotografia em estúdio

Uma das vantagens de um estúdio grande, é permitir uma maior distância entre o motivo e o fundo. Em condições com pouco espaço, é difícil iluminar os dois separadamente, e há o perigo de as sombras do motivo se formarem sobre o fundo. Iluminando o fundo independentemente, ele pode ser transformado de centenas maneiras. Dê-lhe uma iluminação gradual, iluminando a parte superior e a parte inferior de maneiras diferentes. Em alternativa, projecte formas ou cores sobre o fundo, colocando sobre as luzes máscaras (chamadas gobos) ou acetatos coloridos. Os rolos de papel branco ou preto são os fundos mais utilizados e os mais versáteis. Os rolos podem ser suspensos do alto da parede de um estúdio, e depois puxados até baixo e estendidos sobre o chão do estúdio, criando uma curvatura de forma a que a junção da parede com o chão não seja visível nas fotografias. A medida que o papel se vai estragando ou sujando, corta-se essa parte e puxa-se mais papel de rolo Há uma grande variedade de fundos à venda nas lojas da especialidade, mas saiba que os fundos simples muitas vezes resultam melhor, uma vez que não desviam a atenção, e porque num estúdio pequeno nem sempre é possível desfocar as formas mais elaboradas que o fundo possa ter.

Fotografia como arte

A discussão sobre se a fotografia é arte ou não é longa e envolve uma diversidade de opiniões.[19]

De acordo com Barthes,[20] muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.

Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.

Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.

Cquote1.png Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração. Cquote2.png

Fotógrafo

Um fotógrafo em atividade

Fotógrafo é a pessoa que tira fotografia, usando uma câmera. É geralmente considerado um artista, pois faz seu produto (a foto) com a mesma dedicação e da mesma forma que qualquer outro artista visual.[21]

Faz parte da cultura brasileira a figura do Fotógrafo Lambe-lambe, profissional que ficava nas praças tirando fotos comercialmente, quando adquirir uma máquina fotográfica era algo muito difícil devido ao seu alto valor comercial.

Amadores e profissionais

Quando um determinado autor de fotografias baseia grande parte do seu rendimento nesta atividade, diz-se ser um fotógrafo profissional.

Por vezes, o adjetivo profissional é usado erroneamente na fotografia para valorizar uma determinada imagem fotográfica ou perícia de um autor. Na realidade, a qualidade da fotografia nem sempre está relacionada com o fato do seu autor ser ou não profissional. Muitos amadores realizam com regularidade imagens mais bem sucedidas que muitos profissionais.

Na realidade "profissional" refere-se apenas à profissão do autor, e não à qualidade do trabalho. Ao mesmo tempo que um profissional pode realizar um trabalho mal feito, pode-se entender melhor, adiante no parte de "arte".

O adjetivo amador, quando atribuído a um fotógrafo, pode ter um significado muito vasto. Pessoas que apenas fotografam a sua família e vida, para uso pessoal, consideram-se fotógrafas amadores. Outros fotógrafos amadores chegam a publicar livros, realizar exposições e dedicam uma vida inteira ao estudo da fotografia.

Especializações do fotógrafo

Uma vez que na atualidade a fotografia serve um vasto campo de assuntos e objetivos, foram criadas especializações. O fotógrafo especializa-se para melhor dominar a técnica de um determinado tipo de fotografia ou assunto. As especializações mais conhecidas são a foto reportagem (de eventos sociais), moda, o fotojornalismo, a paisagem, o retrato e a publicitária (arte da fotografia de objetos em estúdio).

Formação de um fotógrafo

A formação em fotografia numa escola de arte pode realizar-se através de um curso de fotografia ou de várias disciplinas de fotografia integradas em cursos de arte, design, pintura, multimídia, cinema, jornalismo e etc. Normalmente estes cursos estão orientados para o exercício da fotografia enquanto arte.

Numa escola profissional, a formação em fotografia está mais orientada para o exercício da fotografia enquanto profissão comercial.

Essência da fotografia

A discussão sobre o uso da Fotografia é precedido pela tentativa de compreender sua imagem, o que ocorre desde seu desenvolvimento por diversos fotógrafos ao longo do século XIX (como afirma Geoffrey Batchen). Seu caráter artístico evidente constitui um entrave a seu uso pelas ciências sociais, enquanto seu caráter científico a tornou uma espécie de subalterna no campo da arte, características que parecem se reverter na segunda metade do século vinte, na medida em que o estudo desse meio se aprofundou, as ciências sociais se abriram para a impossibilidade de completa objetividade, e o campo da arte passou a lidar fortemente com a idéia, em oposição a uma ênfase na forma artística.

Os estudos históricos sobre a Foto iniciam por volta de cem anos após sua invenção. Já os estudos teóricos sobre a Fotografia parecem iniciar no pós-guerra, e a principal teoria usada para caracterizar a Fotografia advém do campo da semiótica, ou seja, declina da Semiologia de Saussure.

Numa leitura estrita da obra de Charles Sanders Peirce, definidora do campo da semiótica, a Fotografia se definiria a partir das três categorias de signo, que existem numa ordem de importância e dependência umas das outras : o ícone, que é uma representação qualitativa de um objeto - por exemplo, por analogia (é o caso da imagem fotográfica), o índice, que caracteriza um signo que refere-se ao significante pela causalidade ou pela contiguidade (às vezes diferenciado como índex, como na leitura de Umberto Eco), e o símbolo, cuja relação com o significante é arbitrária e definida por uma convenção (é o caso de uma bandeira de um país, por exemplo).

Ora, os estudos iniciais da Fotografia, bem como os artistas ao longo do século XIX E XX se preocupavam com o problema da iconicidade da Fotografia, isto é, o potencial de sua imagem e o caráter de seu realismo. O primeiro sinal de problematização dessa modalidade de discurso está na obra de Walter Benjamin, cujo texto "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica", revela uma preocupação com a modificação da recepção da Fotografia e do cinema em relação aos meios tradicionais da arte, estudo pioneiro e extremamente influente que leva instâncias inéditas, como o problema da aura (o que a diferencia da arte clássica) bem como o da multiplicação maciça da imagem.

É na obra de Roland Barthes que vemos um segundo momento da tentativa de tratar da Fotografia como meio. A obra de Barthes passa pela construção do estruturalismo, e sua leitura da obra de Peirce. Mas o universo de Barthes não se resume ao universo do signo: seu grande livro sobre Fotografia, "Câmara Clara", possui um ponto de vista fenomenológico (que refere a Foto ao noema, conceito da fenomenologia de Husserl), bem como utiliza elementos da psicanálise lacaniana. Ao longo da obra de Barthes, a Foto é lida numa chave dialógica característica do estruturalismo, implicando a criação de conceitos tais como conotação e denotação, ou ainda obtuso e o óbvio, até o desenvolvimento do par studium/punctum, que não são mais pólos entre os quais a Fotografia existe, mas estados da Fotografia: como studium, a Fotografia se exibe como objeto indiferente de estudo, enquanto a expressão punctum define a instauração de um fenômeno no qual sujeito e foto se afetam.

Um dos legados da leitura de Barthes sobre a fotografia é a percepção da importância do conceito de "indice", que é desenvolvido posteriormente nas obras de Rosalind Krauss (em "O Fotográfico", e em "A originalidade da Vanguarda"), de Jean-Marie Schaeffer ("A imagem precária"), e Philippe Dubois ("O Ato Fotográfico"). Tal relação não apenas tem sido utilizada no campo da arte, como indica Krauss, mas vem permitindo o uso da Fotografia de modo crescente nas ciências sociais.

Memória e Afeto

Fotografia e memória.

Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.

Para algumas pessoas, fotografar é um ato prazeroso, de estar figurando ou imitando algo que existe. Já para outras, é a necessidade de prolongar o contato, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.

Strelczenia, 2001, apud Debray (1986, p. 60) assinala que a imagem nasce da morte, como negação do nada e para prolongar a vida, de tal forma que entre o representado e sua representação haja uma transferência de alma. A imagem não é uma simples metáfora do desaparecido, mas sim "uma metonímia real, um prolongamento sublimado, mas ainda físico de sua carne".

A foto faz que as pessoas lembrem do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O conhecimento do real e a essência de identidade individual dependem da memória. A memória vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que virá.

A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não pára de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião fotografada é capaz de conter o antes e depois.

Confia-se, portanto, na capacidade da câmera fotográfica para guardar os instantes que se consideram valiosos. Tirar fotografias ajuda a combater o nada, o esquecimento. Para recordar é necessário reter certos fragmentos da experiência e esquecer o resto. São mais os instantes que se perdem que os que podemos conservar. Segundo Strelczenia (2001), "A memória se premia recordando, fazendo memorável; se castiga com o esquecimento ".

Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram memoráveis por terem sido fotografados.

A memória é constitutiva da condição humana: desde sempre o homem tem se ocupado em produzir sinais que permaneçam mais além do futuro, que sirvam de marca da própria existência e que lhe dêem sentido. A fotografia traz consigo mais daquilo do que se vê. Ela não somente capta imagens do mundo, mas pode registrar o "gesto revelador, a expressão que tudo resume, a vida que o movimento acompanha, mas que uma imagem rígida destrói ao seccionar o tempo, se não escolhemos a fração essencial imperceptível" (CORTÁZAR, 1986,p. 30)

Todo esse campo de interpretação que a fotografia permite parte de vários fatores, ingredientes que agem profundamente (nem sempre visíveis) no significado da imagem. Segundo Lucia Santaella e Winfried Nöth (2001), esses elementos são: o fotógrafo, como agente; o fotógrafo, a máquina e o mundo, ou seja, o ato fotográfico, a fenomenologia desse ato; a máquina como meio; a fotografia em si; a relação da foto com o referente; a distribuição fotográfica, isto é, a sua reprodução; a recepção da foto, o ato de vê-la.

É no ensaio fotográfico que a pessoa busca a emoção, algo que ela nunca tenha sentido. A fotografia é capaz de ferir, de comover ou animar uma pessoa. Para cada um ela oferece um tipo de afeto. Na composição de significado da foto, segundo Barthes (1984), há três fatores principais: o fotógrafo (operator), o objeto (spectrum) e o observador (spectator). O fotógrafo lança seu olhar sobre o assunto, ele o contamina e faz as fotos segundo seu ponto de vista. O objeto (ou modelo) se modifica na frente de uma lente, simulando uma coisa que não é. No caso do observador, ele gera mais um campo de significado, lançando todo o seu repertório e alterando mais uma vez a imagem.

Barthes (1984, p. 45) observa ainda a presença de dois elementos na fotografia, aquilo que o fotógrafo quis transmitir é chamado de studium, ou seja, é o óbvio, aquilo que é intencional. Já quando há um detalhe que não foi pré-produzido pelo autor, recebe o nome de punctum. Esse último gera um outro significado para o observador, fere, atravessa, mexe com sua interpretação.

Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as intenções do fotógrafo, entrar em harmonia com elas, aprova-las, dicuti-las em mim mesmo, pois a cultura (com que tem a ver o studium) é um contrato feito entre os criadores e os consumidores. (…) A esse segundo elemento que vem contrariar o studium chamarei então punctum. Dessa vez, não sou eu que vou busca-lo, é ele que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 48).

Por meio das fotografias descobre-se a capacidade de obter camadas inteiras e de emoções que estão escondidas na memória. Também se pode descobrir e obter novas significações que naqueles momentos não estavam explícitas.

As imagens são aparentemente silenciosas. Sempre, no entanto, provocam e conduzem a uma infinidade de discursos em torno delas.

Referências

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  2. Novo Dicionário Aurélio
  3. photography, still
  4. www.fotoserumos.com/histfoto Surgimento da fotografia (em português)
  5. www.cotianet.com.br História e evolução (em português)
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  7. Kodak: História da fotografia "A química, em auxílio à fotografia"
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  9. Kodak: História da fotografia Fox - Talbot: um nobre aperfeiçoando a fotografia
  10. FujiFilm Brasil História da Fotografia
  11. Kodak: História da fotografia Hercules Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil
  12. Hércules Florence (1804-1879)
  13. Kodak: História da fotografia Fotografia para todos
  14. Breve História da Fotografia
  15. a b Digital imaging: the death of film?
  16. www.dsc.ufcg.edu.br A fotografia em preto e branco (em português)
  17. www.dsc.ufcg.edu.br A fotografia colorida (em português)
  18. Film vs. digital
  19. PBS American Photography: Art.
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  21. www.fotoserumos.com Nasce uma profissão (em português)
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  • BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Círculo do Livro, 1988. 224 p.
  • GURAN, Milton. Linguagem fotográfica e informação. 3. ed. Rio de Janeiro: Gama Filho, 2002. 119 p.
  • HEDGECOE, John. Guia completo de fotografia. São Paulo: Martins Fontes, 1996-2001. 224 p.
  • HUMBERTO, Luis. Fotografia, a poética do banal. Brasília: Universidade de Brasília, 2000. 105 p.
  • LIMA, Ivan. Fotojornalismo brasileiro: Realidade e linguagem. 1. ed. Rio de Janeiro: Fotografia Brasileira, 1989. 90 p.
  • MOURA, Edgar. 50 anos luz, câmera e ação. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2001. 444 p.
  • SOUSA, Jorge Pedro. Uma história crítica do fotojornalismo ocidental. Chapecó: Argos, 2004. 255 p.
  • KOSSOY, Boris. Fotografia e História, São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. ISBN 85-7480-060-0
  • KUBRUSLY, CLáudio A., O que é Fotografia, Coleção Primeiros Passos, São Paulo: Brasiliense, 1982







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