4 de mar. de 2011

Henri Cartier - Bresson - Ele falou, água parou!





"Eu vesti a camisa... a camisa da fotografia. ’’

"Se sou mordaz... não é contra a fotografia... mas fico feliz se faço o que me diverte... ou interessa às pessoas. Mas a fama é terrível. Terrível! Ficamos acorrentados a ela. Se sou mordaz, é contra isto. ’’

"A fotografia por si só não me interessa... mas a reportagem sim, a comunicação entre o mundo e o Homem com este instrumento maravilhoso do tamanho da mão que nos faz passar desapercebidos. E assim participamos. É uma dança. Entende? É uma grande alegria fotografar assim.’’

"É preciso esquecer-se, esquecer a máquina... estar vivo e olhar. É o único meio de expressão do instante. E para mim só o instante importa... e é por isto que adoro, não diria a fotografia... mas a reportagem fotográfica, ou seja, estar presente, participar, testemunhar, com a alegria da composição e evitar a anedota. Ao mesmo tempo, não podemos ficar esperando pela grande fotografia. Há muito que descascar. É um presente que lhe é oferecido, mas é uma ação do acaso e é preciso tirar proveito dele... ele existe. É a vida, e ao mesmo tempo, a morte... porque desaparece, acaba. Há algo de mórbido na fotografia. Não é raro uma foto que possamos olhar por mais de um instante que passe uma emoção.’’

"A gente olha e pensa: Quando aperto? Agora? Agora? Agora?
Entende? A emoção vai subindo e, de repente, pronto. É como um orgasmo tem uma hora que explode. Ou temos o instante certo, ou o perdemos... e não podemos recomeçar. O desenho é uma meditação... enquanto que a foto é um tiro. Pode apagar um desenho e fazer outro. Não está lutando contra o tempo. Tem todo o tempo pela frente, é uma meditação. Mas com a foto, há uma espécie de angústia constante... pelo fato de estar presente. Mas é uma angústia muito calma.’’

Um comentário:

  1. Ele valorizava a mensagem intrínseca no momento que tocava o obturador. Nem sempre o momento era belo, por assim dizer, mas era antes de mais nada, era decisivo, não tinha como deixar passar. Ele conseguia, não deixava passar, era atento e sensível o suficiente, para perceber e registrar o momento oportuno. Henri contou muitas histórias com os seus momentos decisivos, muitos deles belos, outros nem tanto, como por exemplo os conflitos de guerra que cobriu. Em suas coberturas ele tinha a preocupação de capturar o momento certo de registrar o que os seus olhos viam, guiados por seu coração, batizado por ele de MOMENTO DECISIVO.

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Essa paisagem ficou mais linda ainda, com a presença dessas pequenas jóias. Criança combina com paisagem que transmite paz. Combinação perfeita!

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Jornalista, assessora de imprensa, fotógrafa...

Recife